Este é o primeiro de uma série de artigos que terão como ponto de partida a abordagem de défices sociais e a apresentação de resultados do impacto social que o trabalho da Fundação tem obtido na transformação positiva da sociedade.
A Fundação Dr. António Cupertino de Miranda (FACM) é uma instituição privada, sem fins lucrativos, instituída em 1964 e com sede no Porto, na Avenida da Boavista. A sua missão é a realização de atividades educativas, sociais e culturais que promovam a sociedade do conhecimento e contribuam para a coesão social.
A FACM assume a visão, a prática e os valores da filantropia estratégica e está muito comprometida com a inovação social, tendo a capacidade de identificar e responder a défices sociais. Investe em causas complexas, negligenciadas e que dizem respeito a um elevado número de pessoas. Causas essas que o governo não pode ou não quer abraçar e, como tal, carecem de ser trazidas para a opinião pública, provocando reflexões, as quais invariavelmente reclamam urgentemente programas que ajudem à sua mitigação e tenham capacidade de influenciar políticas públicas.
A Fundação tutela o Museu do Papel-Moeda (MPM), o qual apresenta uma inigualável coleção de diversas tipologias de papel fiduciário e que constituem a matriz de toda a programação.
O Museu partilha com a Fundação a missão e ambos se vêm como empreendedores sociais, valorizam os projetos de investigação e a proximidade com a Academia como fundamentais para a deteção de problemas sociais, para os quais concebem respostas implementadas através de projetos colaborativos e que provoquem impacto positivo na sociedade.
A Fundação pauta a sua atuação por quatro valores: a abertura e forte ligação à comunidade; a sustentabilidade, criando programas relevantes para a comunidade; o empreendedorismo social, baseado em programas catalisadores de mudança que deem respostas a défices sociais; o conhecimento, que articulando educação formal e não formal, promova a participação e inclusão social.
Investe em causas complexas, negligenciadas e que dizem respeito a um elevado número de pessoas. Causas essas que o governo não pode ou não quer abraçar e, como tal, carecem de ser trazidas para a opinião pública, provocando reflexões, as quais invariavelmente reclamam urgentemente programas que ajudem à sua mitigação e tenham capacidade de influenciar políticas públicas.
Face aos novos desafios, os quais exigem novos métodos e respostas que sejam bem estruturadas, mais duradoras e eficazes do que as já existem, foram desenhados novos projetos, entre os quais se destacam os projetos de literacia financeira. Daqui decorre um novo posicionamento da FACM, com uma nova ambição e abertura à sociedade. Nasce a partir de 2009 uma nova programação, que traz novo valor social. Os projetos passam a ser cocriados - são sempre processos colaborativos -, e visam a capacitação dos diversos públicos a que se dirigem.
O trabalho da Fundação tem sido reconhecido por vários prémios: em 2002, o Prémio Comissão Nacional do Euro, pela contribuição dada na preparação da sociedade portuguesa para a moeda única; em 2005 a medalha de ouro da Cidade do Porto, pelas intervenções nas áreas de cultura e educação; e em 2013, o prémio “Instituição” da APOM – Associação Portuguesa de Museologia. A APOM atribuiu ainda dois prémios ao Museu do Papel-Moeda: em 2009 na categoria “Melhor Serviço de Extensão Cultural” e em 2019 na categoria de “Projeto de Educação e Mediação Cultural”.
A Fundação destaca-se pelo pioneirismo e desenvolvimento de projetos dedicados à promoção da literacia financeira junto de diferentes públicos: “Eu e a Minha Reforma”, focado na população com mais de 55 anos, “No Poupar Está o Ganho”, desenvolvido para crianças e jovens do Pré-escolar ao Ensino Secundário,(desde 2009) “Por Tua Conta”, dedicado ao Ensino Profissional, e “Educação Financeira: Uma Necessidade Especial”, desenhado para pessoas com défice cognitivo.
Eu e a Minha Reforma tem por objetivo promover a formação financeira e a capacitação digital de adultos. É uma abordagem especificamente desenhada para pessoas que se encontrem no período da pré-reforma e na reforma, para que se garanta que a igualdade de oportunidades de conhecimento financeiro seja realmente assegurada.
No âmbito deste programa, realizar-se-á no dia 7 de dezembro o Fórum 2023 “Literacia para a longevidade e Literacia Financeira: Compromisso. Capacitação. Transformação.”
Este fórum pretende reunir um conjunto de especialistas para trazer para a opinião pública reflexões sobre literacia para a longevidade e a literacia financeira. Estas não podem ser melhoradas só com informação. Fornecer informação não é suficiente. É necessário levar até às pessoas interpretação do conhecimento, para que haja da sua parte reflexão e compreensão, para depois haver compromisso e transformação.
Temos de ganhar este esforço e de o tornar endógeno, uma vez que as evidências mostram que o idadismo está generalizado na sociedade e pode ser encontrado em todo o lado, desde os nossos locais de trabalho, sistemas de saúde, instituições sociais, até aos estereótipos que vemos na televisão, na publicidade e nos meios de comunicação social.
A falta de alfabetização sobre a longevidade e também sobre a literacia financeira entre os portugueses comprometem o planeamento financeiro e requerem conhecimento e capacitação.
O foco na longevidade e na educação financeira é não só importante para as pessoas, como também para os decisores políticos que têm de escolher prioridades no desenho de políticas públicas (a nível do poder local e do poder central) que criem condições para que as pessoas mais velhas tenham uma vida melhor.
Este fórum realizar-se-á na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no dia 7 de dezembro, às 14:30. As inscrições são gratuitas, mas limitadas. O programa poderá ser consultado aqui.
A qualidade dos oradores e dos temas que irão ser abordados prometem interessantes reflexões e apresentação de perspetivas e visões que poderão contribuir para influenciar políticas publicas a desenhar uma Estratégia para a Longevidade.